Comitê mobiliza solidariedade internacional aos presos políticos do MST

O texto para manifestações no Brasil e no exterior apela à sensibilidade das autoridades destinatárias acerca da escalada da repressão aos movimentos sociais.

O Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino está lançando uma nova fase de mobilizações em solidariedade aos companheiros presos políticos do MST, Luiz Batista Borges, José Valdir Misnerovicz e Lázaro Pereira da Luz. Eles estão sendo vítimas da articulação entre latifúndio-judiciário-mídia numa tentativa de criminalizar o Movimento com base na lei 12.850/13, que tipifica Organização Criminosa.

Para intensificar a sensibilização de autoridades relacionadas à resolução do caso de injustiça, o Comitê está demandando a mobilização de solidariedade através de pressão por meio de correspondências. Para contribuir, o apoiador deve reproduzir o modelo de carta (veja abaixo) endereçando-a ao Governador de Goiás, ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e ao presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

Traduzida em outras línguas (inglês, francês e espanhol) o texto para manifestações no Brasil e no exterior apela à sensibilidade das autoridades destinatárias acerca da escalada da repressão aos movimentos sociais no país, em especial em Goiás. O apoiador poderá alterar a sugestão de texto, atribuindo caráter mais pessoal ao mesmo. Toda manifestação deve ser enviada também como cópia para o próprio comitê.

“É extremamente grave que pessoas como eles, comprometidos com a justiça social e com a Reforma Agrária, estejam sendo criminalizadas pela única razão de lutarem para que terras griladas, improdutivas ou devedoras sejam convertidas em áreas de produção de alimentos para milhares de pequenos agricultores Sem Terra”, alerta o texto.

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Confira o chamado à mobilização nacional e internacional:

Prezado companheiro
Prezada companheira,

Paz, Justiça e muito Amor para toda a humanidade!

Estamos lançando a Campanha Nacional e  Internacional de Liberdade dos presos da Reforma Agrária do estado de Goiás, conforme subsídio, no anexo.

Pedimos a sua solidariedade manifestando-se junto a algumas autoridades brasileiras, conforme texto-sugestão também no anexo. Caso você queira, pode fazer alterações; o que enviamos é apenas uma sugestão. Em nosso entender, no momento, é importante que tal manifestação seja dirigida às três autoridades indicadas no texto anexo, enviando cópia para o nosso Comitê.

Contamos com dupla contribuição de sua parte: enviar a manifestação aos destinatários e divulgar essa Campanha ao máximo. Caso você tenha contatos fora do Brasil, utilize as versões apropriadas que seguem abaixo e no anexo.

Agradecemos a você e a sua entidade por mais este gesto de solidariedade, no desejo de construirmos Justiça e Paz.

Abraços.

Coordenação do Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino

comitedhdomtomasbalduino@gmail.com

CARTA  A SER ENVIADA  POR CORREIO ELETRONICA AS TRES AUTORIDADES:

Vimos, por meio desta, apresentar nossa grande preocupação com a recente escalada da repressão aos Movimentos Sociais no Brasil, especialmente no estado de Goiás. É de nosso conhecimento que lideranças e militantes do MST no referido estado estão presos e sendo perseguidos. Luiz Batista Borges encontra-se preso desde o dia 14 de abril de 2016, José Valdir Misnerovicz, liderança de renome internacional, encontra-se preso desde o dia 31 de maio e Lázaro Pereira da Luz, desde o dia 15 de junho último. Outros dois militantes encontram-se exilados.

É extremamente grave que pessoas como eles, comprometidos com a justiça social e com a Reforma Agrária, estejam sendo criminalizadas pela única razão de lutarem para que terras griladas, improdutivas ou devedoras sejam convertidas em áreas de produção de alimentos para milhares de pequenos agricultores Sem Terra.

Tais medidas repressivas são inaceitáveis e entendendo que os Direitos Humanos são uma demanda internacional, nos manifestamos pela imediata libertação dos presos políticos do MST em Goiás e pelo fim da criminalização da luta por reforma agrária no Brasil.

Atenciosamente,

Fonte: MST

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